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A China exerce nesta sexta-feira (10) uma intensa vigilância sobre os dissidentes e os meios de comunicação estrangeiros, que sofrem com a censura, poucas horas antes da entrega simbólica em Oslo do Nobel da Paz a Liu Xiaobo, cuja residência está cercada por vários policiais.
Liu Xiaobo, que cuPolicial guarda a entrada do conjunto residencial em Pequim onde mora Liu Xia, mulher do dissidente chinês Liu Xiaobo, ganhador do Prêmio Nobel da Paz.mpre pena de 11 anos de prisão, a esposa Liu Xia, em prisão domiciliar, e os parentes do casal foram impedidos de deixar a China para receber o prêmio, que revoltou o regime comunista chinês desde o anúncio, há dois meses.

 estacionados nas proximidades da casa de Liu Xiaobo, em um complexo de torres da Zona Oeste de Pequim, onde Liu Xia está confinada desde o anúncio do Nobel.
Liu Xiaobo foi uma das principais figuras do movimento democrático da Praça da Paz Celestial de 1989. Em dezembro de 2009 foi condenado a 11 anos de prisão por "subversão", depois da publicação da "Carta 08", texto que pedia a democratização da China.
Muitos amigos do casal e vários militantes dos direitos humanos não tinham condições de ser contactados pelos jornalistas nesta sexta-feira, em consequência da forte vigilância. Alguns deixaram Pequim antes da cerimônia de Oslo e outros decidiram permanecer afastados para evitar problemas.
Li Fangping, advogado vigiado constantemente em Pequim, informou à AFP que viajou na terça-feira (7) para a província meridional de Fujian.
Além disso, o governo chinês censurou a difusão dos programas dos canais de televisão estrangeiros para evitar a veiculação das imagens da entrega simbólica do Nobel da Paz.
Os sites de vários meios de comunicação estrangeiros também estavam bloqueados, a poucas horas da cerimônia na Noruega.
As transmissões dos canais CNN, BBC e TV5 eram interrompidas quando as emissoras anunciavam uma reportagem sobre a entrega do prêmio pelo Comitê Nobel, cujos integrantes foram chamados de "palhaços" esta semana por um representante da diplomacia chinesa.
Uma manifestação aconteceu nesta sexta diante da sede da ONU em Pequim, por ocasião do Dia Mundial dos Direitos